SILÊNCIO...

Silêncio  não é resposta
ele é aposta que algo melhor virá
Silêncio é omissão,
cortante agressão,
degradante  invasão da alma.
Silêncio é ferramenta da vergonha
usada para mutilar um coração,
aprisionar a alma.
Silêncio é imprudente proteção
que cala, oprime
e reprime a voz.

Silêncio não consente,
não insiste e tampouco insiste,
cria distancias,
constrói abismos,
cinismos e achismos.
Silêncio é reflexo
da alma aflita,
da mente barulhenta,
da solidão do corpo,
do cansaço do espirito,
da luta árdua,
da fé morta.





Silêncio é pá de cal,
queima, desfigura,
penetrando até os ossos.
Silêncio sufoca
sulfurando o peito,
destroçando por dentro.


                                                                               

Silêncio grita,                                                            
na calada da noite
ou na bagunça do dia,                                            
amarelando o sorriso
minando os gestos,
estreitando o olhar,
apequenando,
na busca de um suspiro,
um sussurro,
um minúsculo eco da voz de outrora.




 

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